Bailarina encontra no HPP paredes coloridas, tetos com desenhos de estrelas,
brinquedos por todo lado e o ambiente com uma energia maravilhosa
"Fui convidada pela REVISTA DE DANÇA a dançar para as crianças do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba no dia 6 de agosto.
Em geral, para mim, quando pensamos em hospital, a imagem que me vem à cabeça é de um lugar triste. Mas, ao chegar lá, já na porta esta imagem ficou completamente transformada - as paredes coloridas, os tetos com desenhos de estrelas, brinquedos por todo lado e o ambiente com uma energia maravilhosa. Quem trabalha ou é voluntário no HPP sempre tem sorriso e disponibilidade para ajudar quem precisa.
Sandra, de rosa, na
plateia improvisada, para assistir ao trabalho de Irupé
Primeiro fomos para a brinquedoteca do 5° andar. Algumas crianças brincavam com diferentes jogos e eram acompanhadas pelos pais, que desta forma saíam dos quartos para trocar de ares. Lá conheci a Beatriz de Souza. Ela deveria ter aproximadamente uns 10 anos e estava chegando do quarto, sem saber muito bem o que queria fazer e sem se sentir confortável de ter trocado de ambiente. A produtora da Revista de Dança comentou que iríamos fazer uma oficina de balé e que eu ia dançar para eles. Os olhos de Beatriz ficaram iluminados e imediatamente ficou atenta ao que iria acontecer. Contei um pouco da história do balé O lago dos cisnes (1895) e de O quebra-nozes (1892) e dancei. Mostrei as posições do balé clássico. Depois disso, pedi para ela inventar uma história para eu dançar, a felicidade que saía de seu rosto: era luz para qualquer coração. No fim, perguntei se ela queria aprender a dançar e ali ficamos dançando juntas. Foi um momento mágico que tocou minha alma e me fez pensar em tantas coisas.
"Fui convidada
pela Revista de Dança a dançar para as crianças do Hospital Pequeno
Príncipe, em Curitiba, no dia 6 de agosto", diz bailarina
Na Praça do Bibinha, local no qual as apresentações acontecem, contei a história de meu nome – que é o nome de uma flor – e dancei novamente. Dei de presentes flores de papel que simbolizam meu nome – eu as tinha feito durante a semana. Como explicar as carinhas das crianças e seus pais e cuidadores, de cada um que assistia à apresentação? Cada um reagia de uma forma diferente e devolvia aquela sensação de forma única.
Entre as crianças da plateia estava Sandra de Campos, outro anjo que alegrou meu coração. Ela assistiu a apresentação do início ao fim, dançou comigo, brincou... Ela nos ensinou a falar polaco.
Quando participamos de projetos assim achamos que vamos dar alegria e amenizar o dia a dia das pessoas, mas, na verdade, são eles que transformam nossas vidas. Saí de lá apaixonada por cada um deles, pela luz maravilhosa que trazem e pela paz e alegria que transmitem. Foi uma das experiências mais incríveis que vivi. Meu coração ficou lá com eles. E sempre que puder gostaria de voltar.”
Crianças, pais e funcionarios do HPP param para assistir à apresentação da
argentina