A vez do hip hop no HPP
Por Marcela Benvegnu com colaboração de Maria Fernanda Gonçalves
Depois das apresentações de balé clássico, dança contemporânea, estilo livre e sapateado, foi a vez do hip hop tomar conta da Praça do Bibinha, no Hospital Pequeno Príncipe, com o grupo Brainstorm, de Curitiba, na última semana.
Os bailarinos de hip hop se preparam para iniciar a apresentação na praça do Bibinha |
O dia estava quente e quem chegava para a apresentação tentava adivinhar o que ia ver. Fabiele Fortes, 11, e Maria Júlia Loyola, 9, apostaram no balé clássico. “Acho que é balé. Nunca assisti ao vivo” disse Fabiele, que reencontrou a equipe do projeto Magia da Dança, aquele dia. Ela participou em março, da primeira atividade da Revista de Dança no HPP, quando viu figurinos de balés de repertório e de dança contemporânea, além da sapatilha com a “ponta quadradinha”. “Tenho até gravado no meu celular as imagens do balé que vocês mostraram na sala de Educação e Cultura. Estou ansiosa para saber que dança tem hoje”, disse.
Depois da apresentação, uma conversa especial com as crianças |
Foi o som do blues e do hip hop que chamou atenção de muitos presentes no HPP naquela tarde, e quando Juliana Roumbedakis, Pamela de Brito, Eduardo Alcântara e Raphael Simões, do Brainstorm, começaram a se movimentar, quem estava por ali grudou os olhos na coreografia. O público pode assistir Syncopation, uma coreografia regida pelas batidas aparentemente irregulares da música, que apresenta movimentações e dinâmicas diferentes.
Flávia Bueno com a mãe Larissa acaba de ver a apresentação |
“Essas apresentações animam e ajudam na recuperação. Quando elas acontecem, eles começam a se alimentar melhor e tem motivação para participar das atividades”, revela Joelma Horfucke, 45, empresária, tia de Pedro Augusto Souza, 5. Eduardo José Wolfart, 12, confessou que nunca foi ligado em dança, mas que depois desta apresentação iria prestar mais atenção. “Foi muito legal!”, disse.
Nossa repórter Maria Fernanda Gonçalves entrevista as meninas Fabiele e Maria Júlia |
A jovem Flávia Bueno da Silva, 15, mostrava no sorriso a aprovação. Sua mãe, Larissa Teixeira Bueno, 35, disse que a filha, que gosta de música, adorou o hip hop. “Foi muito bonito. Conhecia essa dança de ver na televisão, mas, ao vivo, foi a primeira vez”, contou o técnico em segurança, Julio César Mollina, 39, pai de Cauã, 6. “Lá em casa, é só colocar música que ele começa a dançar”.
Na brinquedoteca, as crianças também puderam assistir ao grupo |
Assim que a apresentação na Praça do Bibinha terminou, os bailarinos puderam responder algumas perguntas da plateia, que queria saber um pouco mais sobre eles. “Nos conhecemos por causa da dança. Tem muitos festivais e nos encontramos. O nome Brainstorm, em inglês, quer dizer uma tempestade de ideias. Queríamos que todos dessem sua participação na criação das coreografias. Todos nós somos professores e coreógrafos”, conta Juliana.
As crianças ficaram atentas com os passos |
Depois do encontro e de fotos com a plateia, o grupo seguiu para a Brinquedoteca e acabou levando seguidores. Cauã e Fabiele foram com eles. “Quando eles começaram parecia uma explosão. Eu não esperava nada e foi uma surpresa muito grande. Agora vou brincar com eles”, disse Fabiele.
Na praça do Bibinha teve até crianças que quiseram experimentar a coreografia |
A experiência também foi importante para os bailarinos. “Foi muito gratificante. Trazer alegria para as crianças nos faz bem. Dança é dança em qualquer lugar. Viemos ao HPP para trazer um pouco do que sentimos e um pouco do que a gente sabe”, disse Juliana. “O mais importante é vermos as crianças felizes.. Sempre bom trazer arte para as pessoas. Dá pra ver que elas reconhecem nosso trabalho e gostam”, acredita Eduardo Alcântara.
Para as crianças, o hip hop foi uma explosão |