Por Marcela Benvegnu
A agenda da coreógrafa Erika Novachi não permite
grandes alterações de rotina. Ela é secretária de Cultura de Indaiatuba,
diretora e coreógrafa residente do Galpão 1 Academia, codirige um Congresso
Internacional de Jazz Dance no Brasil, e viaja o país para ser jurada e
coreografar para diferentes grupos. Mas na semana passada nenhum compromisso
fez mais sentido do que acordar cedo, ir para Campinas e pegar um vôo para
Curitiba. Ela tinha um propósito: participar de uma atividade no Hospital
Pequeno Príncipe. “Quando fiquei sabendo da importância do projeto me ofereci
para ir. Acho que todos precisamos dividir com o outro o que sabemos. É uma
forma de agradecer por tantas coisas boas que acontecem na nossa vida. É
preciso parar, olhar para trás e simplesmente se doar”, disse.
Belinda A Bailarina, sapatilhas, lápis de cor: o corpo revisto pela dança |
Ela estava apreensiva. “Realmente não sabia como
seria. O que iria encontrar”, contou. Por mais que se planeje uma atividade,
quando a equipe chega ao Hospital Pequeno Príncipe, ela pode mudar. Somos nós
que temos que nos adaptar às crianças, às suas necessidades e entender o que
elas precisam naquele momento. O dia era de contação de histórias. De corpo,
claro. Quem iria nos ajudar era Belinda, a personagem principal do livro Belinda, a bailarina, de Amy Young (Ed.
Ática). Belinda não é uma bailarina comum. Ela sonha em ser bailarina, tem os
pés muito grandes e não encontra espaço para realizar o seu sonho, porém, com
muita dedicação e persistência, consegue dançar no sonhado Teatro Municipal.
Erika Novachi: saindo da rotina no HPP |
A
escolha do tema para a atividade foi simples. O objetivo do livro é mostrar que
é possível superar desafios e acreditar que os sonhos podem se tornar realidade.
A atividade foi realizada na Brinquedoteca do 5º andar, que aos poucos foi
recebendo mais e mais crianças.
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